Eu empresto meu corpo a arte
Para que a morte não o leve embora
Eu empresto meu sangue a arte
Para que aceso, pólvora, não permita à vida
Apagar-me
Eu empresto minha voz a arte
Para que a rotina não emudeça
A eloquência de quem canta
Segredos terrenos
audíveis apenas
aos ouvidos das estrelas.
— Alana Marroquim, Mai. 2023